Desde que me tornei mãe, trabalhar passou a ser um desafio. Aquela regrinha, de que os assuntos pessoais precisam ser deixados em casa, ficou ainda mais difícil de administrar e me exigiu ainda mais disciplina, principalmente, quando o trabalho é feito de casa, como o meu, e os assuntos pessoais estão quase sempre ligados aos filhos.
Resolvi transferir o meu trabalho, como assessora de imprensa, para casa, em 2007. Essa foi a opção mais razoável que encontrei, naquela época, para continuar fazendo o que eu gostava, mesmo que ganhando bem menos, no começo, e preservar a minha sanidade rs, otimizar meu tempo e tantas outras coisas que o trabalho fora de casa estava me roubando.
Passados um ano e pouco da minha decisão, engravidei, pela primeira vez, e veio a nossa Aline. Mais do que nunca o trabalho home office, veio a calhar, e eu tinha ainda mais certeza da minha escolha, já que, não me imaginava mais longe daquela fofura de bebê.
Minha assistente de trabalho |
Não vou dizer que trabalhar de casa é o negócio dos sonhos. Toda escolha tem ônus e bônus. Se estar mais perto da minha filha, da minha família e na minha casa, gerindo melhor o meu tempo, abraçando somente os trabalhos que meus braços podiam dar conta, não ter que enfrentar todos os dias o trânsito... eram os principais bônus, olhando esse mesmo cenário, por outro ângulo, eu pude ver, muitas vezes, o caos se formar. Imaginem: trabalho a todo vapor, maternidade a todo vapor, tudo junto e misturado, sob o mesmo teto, era preciso muito jogo de cintura.
Revezando a bancada |
Naquele momento de vida, eu tentava quase todos os dias uma fórmula diferente para conciliar e dar conta de todas aquelas realizações: maternidade, trabalho, casamento e casa. E, no meu ponto de vista, deu certo, uns dias mais do que outros, claro.
Meus pais ajudaram muito, meu marido e eu, nessa época. Aliás, se não fosse pelo o apoio deles, bem provável que eu não conseguisse me manter firme da minha decisão de trabalhar home office. Era inevitável recorrermos a eles para nos ajudar com a Aline durante a semana. Só assim para eu conseguir participar de reuniões, viagens, eventos e tantos outros compromissos que não davam para ser realizados virtualmente rs.
Indo ou voltando de alguma viagem a trabalho |
Em Vitória...início da gravidez do Pedro |
Em 2014, tivemos o nosso Pedro. E eu, muito otimista que sou, não achei que as coisas ficariam muito diferentes do que eram e que já estávamos acostumados, em relação, principalmente, a tempo para maternidade e trabalho. Afinal, eu já sabia como era maternar e trabalhar “ao mesmo tempo”. Humm, caras amigas,... mero engano. Estava lá eu, aprendendo novamente, fazendo tudo diferente, me superando, me frustrando, alguns dias enlouquecendo, e na maioria deles amando aquela nossa nova fase da vida.
Privilégio: acompanhar intensamente a vida dos meus filhos |
Com os meus dois pequenos, já não dava conta do trabalho com a “facilidade” que dava antes, mal estava dando conta dos dois, como eu me exigia. Eu passava os dias tentando atender a necessidade de um e de outro e dos dois ao mesmo tempo. Foi nesse momento que a minha relação com o trabalho ficou totalmente desequilibrada. E eu já não sabia se parava tudo, se tentava outra atividade, mais flexível, ou se ia empurrando com a barriga.
Mas, não fiquei em cima do muro por muito tempo.
A crise econômica, que se instalou no país, veio para me ajudar, acreditem! De certa forma, a crise fez por mim o que eu não tive coragem de fazer sozinha: pois fim aos meus grandes contratos de trabalho e eu pude me voltar, integralmente, para a maternidade.
Não foi uma situação muito confortável, admito. Apesar da maternidade ser a melhor coisa que me aconteceu na vida (costumo dizer que, se tem algo que eu tenho certeza sobre mim é que eu nasci para ser mãe), quando as circunstâncias tomam a decisão por nós, é natural nos sentirmos reféns dela. De toda forma, foi o melhor que me aconteceu naquele ano.
Claro, que essa consciência, a gente nunca tem quando está vivendo o que acredita ser um problema. Perder praticamente todo o trabalho, o faturamento, com uma família maior, sempre preocupa. Mas foi um período onde pude buscar o autoconhecimento sob vários pontos de vista, me dedicar mais às crianças, ao meu marido, criei esse blog (que era um desejo pessoal antigo e jamais na rotina que eu levava conseguiria fazer), enfim, canalizei minha energia para todas as outras coisas que eu também gostava e tinha a necessidade de realizar.
No entanto, o tempo foi passando e a falta de novidadess em relação ao trabalho começou a me preocupar, tanto em relação a me manter atualizada na minha profissão, como na questão financeira.
Voltei a prospectar em 2016. Mas a crise econômica, ainda protagonizando, e a minha falta de tempo ou de organização, ou as duas coisas, não me trouxeram os resultados que eu esperava.
Comecei esse ano com esse cenário, de tentativas, de retomadas frustradas, mas disposta a mudar essa energia. Cheguei a pensar em abandonar a ideia de assessoria, de vez, e partir para algo totalmente novo. Mas o quê?
Os dias foram passando e eu estava muito positiva, contatando, prospectando e pedindo ao Universo uma luz ou melhor, um trabalho (naquele formato que atendia as minhas necessidades de mãe e profissional).
Conhecendo mais sobre o meu papel no mundo |
No entanto, o tempo foi passando e a falta de novidadess em relação ao trabalho começou a me preocupar, tanto em relação a me manter atualizada na minha profissão, como na questão financeira.
Voltei a prospectar em 2016. Mas a crise econômica, ainda protagonizando, e a minha falta de tempo ou de organização, ou as duas coisas, não me trouxeram os resultados que eu esperava.
Comecei esse ano com esse cenário, de tentativas, de retomadas frustradas, mas disposta a mudar essa energia. Cheguei a pensar em abandonar a ideia de assessoria, de vez, e partir para algo totalmente novo. Mas o quê?
Os dias foram passando e eu estava muito positiva, contatando, prospectando e pedindo ao Universo uma luz ou melhor, um trabalho (naquele formato que atendia as minhas necessidades de mãe e profissional).
E não é que fui atendida?
Com amigos, conhecendo e aprendendo sobre um novo negócio |
Durante um fim de semana, em Ibiúna, recebi um telefonema, da minha amiga e terapeuta holística, me convidando para uma apresentação de negócios de uma grande empresa. Nossa, vibrei! Nem havia entendido direito do que se tratava, mas depois de tanto tempo sem novidade, aquela possibilidade de uma oportunidade, me animou.
Voltando a São Paulo, consegui que ela me encaixasse numa apresentação! Fui, assisti, e fiquei encantada!
Era como se todos os meus pedidos estivessem juntos naquela proposta de negócios que aquela empresa estava me apresentando.
Mesmo depois de finalizada a apresentação, minha cabeça ainda estava naquela proposta, na possibilidade de transformação de vida que ela poderia trazer para minha família, na possibilidade de resgatar e realizar sonhos, que vivem como sonhos, esperando "as coisas melhorarem". Não via a hora de chegar em casa e contar ao meu marido.
Enfim, abraçamos aquela oportunidade de sermos empreendedores, com o respaldo de uma grande marca. Além de representar uma renda extra, podendo vir ser a principal, não precisaríamos abrir mão das nossas atividades atuais. Apesar dos serviços em assessoria de imprensa seguirem ainda cambaleando, eu não havia me convencido de que o melhor seria desistir. E como uma boa libriana, não precisar decidir entre uma coisa ou outra, já é o melhor dos mundos rs.
Já são cinco meses nessa nova atividade e posso dizer que tem sido um feliz desafio.
Precisou acontecer tudo o que aconteceu para que eu pudesse conhecer uma empresa séria e bem conceituada, comprometida com pessoas comprometidas, um programa de empreendedorismo diferenciado, que me possibilita continuar trabalhando perto dos meus filhos, fazendo o que já fazia, que possibilita pessoas comuns, mas com atitudes positivas e proativas, terem resultados muito bons.
Novamente, não posso afirmar que esse seja o negócio dos sonhos de uma mãe e profissional, mas, algo me diz, tem tudo para ser...estou num processo de construção, mas confiante. Posso dizer que já está valendo muito a pena pela nova experiência, pelo aprendizado, pela energia boa que trouxe para minha família e pelo sopro forte no ânimo.
Tenho certeza que, assim como eu, muitas mamães, vivem na corda bamba, buscando uma alternativa para conciliar a maternidade e um trabalho bem sucedido.
E se eu tivesse que dar um conselho, diria para estarem abertas às novidades, se permitirem a ouvir os outros e a si mesma, conhecer coisas novas, se relacionar... Às vezes a oportunidade pode estar onde a gente menos imagina, vir de quem a gente menos espera e assim como eu, vocês também podem se surpreender com algo que se encaixe para sua realidade, às suas necessidades. E claro, divida seu desejo com o Universo. Peça, com amor, com vontade, que ele atende!
Sucesso a todas nós!