Kidzania São Paulo - saiba como foi a nossa visita a essa minicidade!

Fomos convidados para visitar a Kidzania aqui em São Paulo. Para quem ainda não a conhece ou ouviu falar, a Kidzania é uma minicidade construída especialmente para crianças brincarem e aprenderem, experimentando uma série de situações que envolve trabalho/profissão e a relação com o dinheiro.
 
Poderia resumir a nossa passagem pela Kidzania como uma experiência singular, e não só para as crianças! Mas vou contar um pouco mais.
 
A minicidade impressiona até os adultos pela verossimilhança a uma cidade de verdade e logo na chegada as crianças são transportadas a essa cidade de faz de conta. 


Bem-vindo a Kidzania São Paulo! Bilheteria (check in de embarque)
A bilheteria é toda ambientada como o balcão para checkin de uma companhia aérea. É lá que tudo começa. Os pequenos abrem o sorriso ou olham com certa desconfiança (como quem quer dizer: é comigo mesmo?) quando os funcionários os tratam por “senhores ou senhoritas”. E durante todo o passeio será assim!

No check in eles recebem o passaporte para embarque à Kidzania e um cheque de 50 Kidzos (moeda local)! O cheque deve ser trocado por cédulas em uma agência bancária. Com o dinheiro em mãos as crianças o administra da forma que quiserem: fazendo ele render mais (estudando, trabalhando ou poupando) doando ou gastando.


Passaporte para entrada e cheque
Aline sozinha numa agência fazendo sua primeira movimentação financeira: troca de cheque em kidzos por cédulas

Os pais não podem acompanhar as crianças nas brincadeiras. Foi dificil me conter, não porque não concordasse, mas por força do hábito mesmo. Precisei ouvir umas três vezes, em situações diferentes, para entender: “ Mãe, aqui dentro só as crianças!” rs
 
Pais também não podem tentar facilitar a vida dos filhos segurando lugar na fila de uma atividade, enquanto ele desempenha uma outra. Achei bacana ter esse aviso na porta de cada espaço porque nem sempre podemos contar com o bom senso. Sabendo disso, antecipadamente, legal estar preparado para esperar cerca de 30 minutos de atividade e outros alguns minutos na fila da próxima.

Nas portas dos estabelecimentos e fábricas estão as principais informações para quem vai realizar aquela atividade, o que facilita demais entender a dinâmica da cidade. 

Essas informações variam de acordo com cada atividade

Aproveite o tempo  de espera para fazer um lanchinho nos restaurantes da cidade (neste caso, com pagamento em reais) e tirar fotos. Vai ser muito bom recordar essa experiência em casa, com amigos e familiares! 

Praça Central, onde pais encontram opções de restaurantes
Mas posso dizer? As crianças não sentem nadinha o tempo passar. Saem de cada atividade satisfeitas e super animadas para a próxima experiência. 
 
Os maiores percebem rapidamente como a brincadeira funciona e como aproveitar melhor as experiências que a cidade oferece. Trabalham, gastam e quando notam que estão com pouco dinheiro, voltam a trabalhar e por aí vai...
 
No caso das crianças menores, como foi o caso da Aline, algumas ficam um pouco confusas com o que fazer com o dinheiro, até por confundir ainda valor com quantidade de cédulas. Ai a interferência dos pais, orientando como gerir o dinheiro, pode ajudar bastante fazendo com que eles também tirem o máximo proveito da cidade. Não era raro escutar algo do tipo: “que tal você escolher um lugar para trabalhar primeiro e assim ganhar mais algum dinheiro para depois comprar?” 
 
Moeda local! Divertida, não?
 
E opções de profissões não faltam por lá. As crianças podem trabalhar em lojas, restaurantes, pizzaria, hospital, cinema, teatro, escolas, fabricando produtos, prestando serviço de entregas, no Corpo de Bombeiros, na Polícia, na mídia e em tantas outras atividades. Podem ainda cursar uma Universidade para obter melhor remuneração, não é bacana? O dinheiro acumulado pode ser doado à Unicef, comprar produtos ou serviços ou até colocar numa poupança.

 
Serviço de entrega
As melhores "línguas de gato" que já comemos
  
Dava para ver o orgulho da Aline e de outras crianças de estarem “se virado sozinhas”. Ela brincou de ser gente grande de uma maneira nunca antes experimentada. Às vezes parecia até acreditar de que aquela era uma cidade de verdade. Chegou a titubear se continuaria ou não na equipe do Corpo de Bombeiros, enquanto recebia o treinamento. Talvez tenha sentido que a responsabilidade era grande ou a atividade envolvia adrenalina demais para quem é tão tranquila. Mas encarou o desafio, que ela mesmo escolheu, e ficou satisfeita por ter feito um bom trabalho.
 
Treinamento no Corpo de Bombeiros
 
Além de tudo isso matou algumas lombrigas, principalmente, as relacionadas ao dinheiro. Pode usar o caixa eletrônico, coisa que normalmente não deixamos, pode ela própria manusear o dinheiro e escolher onde gastar. Percebeu também, na prática, as consequências do seu bom ou mau uso!
  
Nossas dicas para aproveitar melhor a Kidzania
  1. Chegue bem no início da sessão;
  2. O horário da manhã, aos sábados, é o mais tranquilo;
  3. Atente-se as informações que estão fixadas na porta de cada estabelecimento sobre a duração das atividades. Enquanto seu filho trabalha, você pode tentar observar quais outras atividades terão início logo após aquela que ele está participando, assim ele não desperdiçará tempo esperando. Poderá sair de uma e já iniciar em outra.
  4. Se a intenção é levar crianças de idades muito diferentes, o ideal é ir com outro adulto para que o grupo possa se dividir evitando os conflitos de interesse. No nosso caso, enquanto eu ou meu marido ficávamos com o Pedro nos espaços para bebês o outro acompanhava a Aline. Vi pelo menos duas mães sem saber o que fazer porque estavam com os pequenos numa sala, sem poder acompanhar os maiorzinhos em outras atividades.
Qual o público da Kidzania?
 
Crianças de 4 a 14 anos. Os irmãozinhos menores também contam com dois espaços com atividades voltadas para eles, com brinquedos educativos.
 
Há também uma sala especial para os pais que quiserem descansar, enquanto os filhos brincam.

Espaço baby - Play Doh
 
Onde fica e ingresso

A Kidzania São Paulo fica localizada no segundo subsolo do shopping Eldorado. O ingresso para criança, em dezembro, sai por 120 reais e 50 reais para o adulto acompanhante. Mas antes de ir, vale consultar o site da Kidzania para checar a programação e preços atualizados!
O valor pode parecer nada camarada, mas essa é só a primeira impressão. Na segunda, quando vocês estiverem embarcado na Kidzania, perceberá que terá valido o investimento E neste caso, a segunda impressão é a que fica!

Já os souvenirs, esses não conseguimos encarar! Uma ou duas opções tinham preços mais acessíveis.
Voltamos com as lembranças "só" das boas experiências!


Lembrancinhas
Avaliação como pais 

Consideramos interessante e positiva a maneira como as crianças são expostas ao trabalho, ao dinheiro e ao consumo. É uma prévia mais bonita da cidade que os esperam no futuro. Na Kidzania trabalhar se faz necessário, mas é possível escolher o que se quer fazer. O trabalho ainda é bom e dá prazer. A remuneração é recebida com satisfação e é com satisfação e planejamento que o dinheiro também é usado.

Avaliação da Aline

 “Seria legal poder também morar nessa cidade!” Alguma dúvida de que ela gostou?

 
 
Agora é só reunir a galerinha e se programar para conhecer essa nova cidade!

Depois passem aqui e deixem suas impressões também!
Beijos
 
 
  

Amamentação prolongada: os preconceitos e os benefícios de amamentar seu filho por um ano, dois anos ou mais


 
Quando bate a fome, o soninho, quer consolo ou o meu colo, ele olha para mim e corre ao meu encontro, dizendo: “tetê, tetê, tetê, tetê”. Este é o Pedro, hoje com 1 ano e 9 meses e que se tratando de leite, se alimenta exclusivamente do meu. Então, eu o tomo em meus braços e o alimento, pelo tempo que ele desejar, com o leite (ainda uma fonte importante de vitaminas e nutrientes) e de amor. Enquanto mama, ele me acaricia, segura o outro seio (como quem quer dizer que será o próximo ou garantir que ninguém vai tirá-lo dele), olha nos meus olhos, brinca e dá a mão ou os pés para eu beijar. Depois de satisfeito, desce do meu colo e volta a correr.

Para mim é uma benção, quase um privilégio, ver essa cena se repetir. Amamentei a Aline até os seus dois anos de idade, também a livre demanda, até que ela, por iniciativa própria encerrou esse processo. Foi estranho lhe dar com o fato de que ela não precisava mais de mim, pelo menos não de ser amamentada, e que aqueles momentos ficariam dali em diante na minha memória. Mas senti também uma imensa satisfação e tranqüilidade em ter feito por ela o melhor que eu podia e em vê-la, ainda tão pequena, poder decidir por si, no seu tempo, parar. Já o vínculo não sofreu nenhum abalo por não estarmos mais tão grudadas, aquele período só serviu para fortalecê-lo.

Amamentar um filho traz muitos benefícios físicos e emocionais para mamãe e bebê, além de ser lindo de se ver...Mas não é todo mundo que pensa assim. As mães que amamentam seus filhos por mais de 1 ano, 2 ou 3 anos, sabem bem o que estou dizendo. Muitas pessoas se incomodam com fato de uma criança grandinha mamar e não economizam nos olhares tortos ou comentários ofensivos e hostis.

Eu já ouvi um pouco de tudo: “Criança com esse tamanho não precisa mais mamar”; “leite de vaca também alimenta”; “passa pimenta no seio, que ele(a) larga”; “isso pode ser mau costume e não fome, você nem deve ter mais leite”. Ou indignações do tipo: “Ele ainda mama?” “Até quando ele vai mamar? Eu já teria entrado com a mamadeira, faz tempo, não tenho paciência.”

Há, inclusive, pessoas que te olhem amamentar como se fosse algo libidinoso. É horrível dizer isso, mas têm. Talvez pelo fato do corpo da mulher ainda ser tão banalizado.

Outros ainda atribuem a um vício, uma criança que mama na mãe depois do primeiro aniversário. Mas como bem disse a mamãe Sol Lopez, mãe de dois e que  tive o prazer de conhecer recentemente pela internet. “É vício sim! Eles viciam no nosso amor, no leitinho do nosso peito, no cheirinho do nosso corpo, na batida do nosso coração... Viciam em ser abraçados, em receber coceguinhas, em olhar nos nossos olhos e em fazer carinho nas nossas costas enquanto mamam! Que este seja o único vício deles e que nunca desviem para mais nenhum outro."


A Sol tem uma história linda de perseverança com a amamentação, que contarei para vocês num outro post. 


Santa Paciência, sempre nos acompanhe!

Mas assim como eu, muitas outras mães que decidem continuar a amamentação após o primeiro ano ou os dois anos de idade da criança sofrem com algum tipo de preconceito.

Pesquisando algumas experiências conheci a de Kalu Brum, jornalista, que amamentou seu filho até os 3 anos e 7 meses e teve uma de suas fotos censuradas por uma rede social porque mostrava seu filho mamando.

Em um outro momento, a revista Time gerou polêmica quando publicou na capa a foto de uma mãe que amamentava seu filho de 3 anos. A criança alcançava o seio da mãe com a ajuda de uma cadeirinha. A publicação teve muitos comentários negativos porque consideraram a imagem com conteúdo sexual.

O que posso dizer é que é lamentável ver e sentir interpretações tão distorcidas e tamanha falta de conhecimento.


Os benefícios são muitos




As pesquisas estão aí e mostram que o leite materno, após o primeiro ano de vida, não é ralo ou uma espécie de aguinha. Dados da UNICEF mostram que, no segundo ano de vida, 500 ml de leite materno fornece 95% das necessidades de vitamina C, 45% das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total de energia de que uma criança precisa diariamente.

Outro benefício da amamentação prolongada é o fortalecimento do sistema imunológico. De acordo com a  OMS - Organização Mundial da Saúde, estudos mostraram que crianças não amamentadas no segundo ano de vida têm duas vezes mais chance de morrer devido a doenças infecciosas se comparadas a crianças submetidas à amamentação prolongada
O Ministério da Saúde também reforça os benefícios da amamentação continuada, entre eles: diminuição do risco de alergias; proteção contra infecções respiratórias,
promoção de uma melhor nutrição; diminuição de risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes; favorece a capacidade cognitiva e melhora o desenvolvimento da cavidade bucal.


Outros motivos para continuar
Diferente do que parece, psicólogos afirmam que a proximidade que se tem com o filho por causa da amamentação o ajuda a conquistar uma maior independência, uma vez que ele se sente mais seguro de si emocionalmente. O desmame antes da hora pode tornar a criança justamente mais apegada.

Diante das tais viroses, acompanhadas de vômito e diarreia, o leite materno é uma alimentação mais digerível e bem aceita num período que a criança muitas vezes não quer saber de se alimentar com outros alimentos.

O leite materno ainda facilita muito a alimentação da criança quando ela está fora de casa, sem contar a economia por não precisar usar fórmulas.


Quando parar?
Mas, se fica a dúvida de, até quando amamentar. O ideal é que o desmame aconteça de forma natural, sem deixar que a pressão de outras pessoas para que você deixe de amamentar prevaleça sobre sua decisão. Ou seja, só pare de amamentar quando você e seu filho estiverem prontos para isso. A disponibilidade da mãe é um fator importante a ser considerado. Pesar os prós e contras junto com o pediatra é indicado. Ele pode te ajudar a avaliar o desenvolvimento da criança, mostrar formas para que a criança aceite substituições ao leite materno, entre outras coisas.

Espero com esse texto ter trazido apoio para as mamães que optam pela amamentação prolongada, como eu, tranquilidade para as que tomaram (ou precisaram tomar) a decisão de parar mais cedo e um pouco de compreensão para quem é vítima da falta de informação.

beijos

 

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