Não é de hoje que sabemos que há bons motivos para conversar com o bebê, enquanto ele ainda está dentro da barriga da mãe.
Quem nunca vivenciou ou presenciou esse momento de intimidade entre pais e filho?
Neste singelo e, muitas vezes, despretensioso, gesto de carinho com o bebê, que irá nascer, estamos estreitando vínculo, transmitimos bem-estar e segurança a ele.
E se esta já é uma ótima constatação, imagem se pensarmos que também podemos contribuir para o desenvolvimento psíquico da criança, através do que ela ouve. Pois é, isso acontece e a psicoembriologia explica!
Confesso que eu desconhecia essa ciência. E talvez viveria por muito tempo desavisada, se eu não tivesse o prazer de conhecer a mãe e psicoembrióloga Bruna Araújo, que me apresentou esse outro universo. E, claro, que eu não deixaria de dividir com vocês!
A psicoembriologia, para quem mais não conhece, é um braço da psicanálise e está longe de ser uma novidade. Foi criada pelo professor e psicanalista Wilson Ribeiro por volta de 1960. Tudo começou por causa de uma necessidade do psicanalista, que o incomodava. Ele desejava reparar sua culpa pelas queixas de sua mãe, por conta de complicações durante o trabalho de parto, que acarretou em muitas dores.
Os estudos do psicanalista resultaram nesse modelo de terapia, a psicoembriologia, que tem como principal objetivo prevenir traumas desde o início da formação do feto. É isso mesmo!
Na psicoembriologia se descobriu, que desde a concepção, o feto possui um psiquismo próprio, capaz de acumular informações e experiências que terão um impacto importante na vida da criança. Diante dessa constatação, foram desenvolvidas técnicas para intervenções positivas no bebê, trabalhando nele questões emocional e psíquica . Para isso, as gestantes são treinadas a “explicar” suas emoções ao bebê, uma vez que ela sabe o que sente e o porque sente, mas o bebê não sabe administrar isso. Irá aprender! O que será muito importante para o seu desenvolvimento e para que seja uma criança sadia psiquicamente e fisicamente.
“Fazemos o acompanhamento psiquico do feto, estimulando a mãe e também o pai a conversarem com o bebê. Um ponto importante nesta terapia de gestação dirigida é "esclarecer" ao bebê que as emoções dos pais não são de responsabilidade dele, atenuando, desta forma, medos e angustias que ele possa vir a ter após o nascimento ", exemplifica Bruna. "O feto é um ser individualizado, deve ser auxiliado como tal, com vida emocional própria. Permitir ao bebê, ainda no útero, um entendimento real de tudo o que acontece contribuirá para que a criança possa fazer suas escolhas", explica.
Resumidamente, na terapia de gestação dirigida, trabalha-se a valorização da vida desde a fecundação, com técnicas próprias, voltadas para a maternidade e de amparo à criança, também orienta a futura mamãe a conduzir com segurança e conforto todas as fases da gestação: pré, peri e pós-natal.
Os profissionais dessa área atendem em consultórios. Alguns também via vídeo conferência . Durante o processo são aplicadas as técnicas de visualização criativa para relaxamento e contato com o bebê. Porém, a mamãe, desde o momento que descobre estar grávida, pode e deve conversar com o seu bebê.
A terapia não tem nenhuma contraindicação e é destinada a casais que pretendem engravidar, gestantes e crianças de 0 a 3 anos.
Os casais vão encontrar:
- Orientação - educação se inicia na fecundação;
- Limpeza intra-uterina;
- Parto livre de dores;
- Amamentação;
- Técnicas de relaxamento, exercícios respiratórios e musicoterapia.
Para as gestantes:
- Orientação a futura mamãe para conduzir a gestação com segurança e conforto, de forma saudável física e psiquicamente;
- Assessora as mudanças físicas e psíquicas na qual a gestante terá de lidar;
- Parto livre de dores;
- Amamentação;
- Prática de comunicação verbal, mental e tátil com a vida intra-uterina;
- Técnicas de relaxamento, exercícios respiratórios e musicoterapia.
E para as crianças?
- Terapia individual com brincadeiras lúdicas;
- Prática da comunicação entre a criança x família “comunicação ativa”;
- Renascimento;
- Amamentação e Desmame;
- Chupeta;
- Desfralde;
- Técnicas e exercícios para o melhor desenvolvimento da criança, como: motor e fala.
- Musicoterapia
- Shantala
Para contato com a psicoembrióloga, Bruna Araújo: psico.brunaaraujo@gmail.com
Espero que tenham gostado!
Beijos, Tati Rodrigues