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Quem têm filhos na escola, então, tem de bônus outra preocupação: a lista de material escolar, que nunca diminui, seja nos itens ou nos preços. Portanto, economizar nas compras é sempre um desafio, mas não é impossível.
O Procon de São Paulo, especialistas e eu (mãe de uma pequena estudante de 6 anos) temos algumas dicas que podem te ajudar nessa missão.
1. Reaproveite o que for possível do ano anterior
Já pensando na lista de 2016, ao término das aulas separei os materiais que não foram usados ou que estavam em boas condições para serem aproveitados este ano: caixa de lápis de cor, apontador, lápis preto, tesoura, estojo e mochila foram os que ficaram. Em outros tempos, bem provável que eu deixaria a minha pequena brincar com eles, mas com os aumentos de preços, foi necessário repensar o destino dos materiais. Claro, que ela reclamou um pouco, mas nada que uma boa conversa não contornasse a situação.
2. Mochilas, estojos e lancheiras
As mochilas terminam o ano em péssimo estado, mas pode ser mais por sujeira do que por qualquer outra coisa. Tente lavar a mochila antes de descarta-la. Ao final do processo você pode se surpreender e descobrir uma mochila ainda muita boa, bonita e que poderá ser útil por mais um ano! Além de economizar bons reais. O mesmo pode ser feito com lancheiras e estojos. Aqui em casa esses itens duram dois anos.
3. Pesquisar, pesquisar e pesquisar
Se o objetivo é economizar não há como abrir mão da boa e velha pesquisa. Guarde todo o material publicitário, pois além de ajudar na análise dos preços, a publicidade faz parte do contrato e deve ser cumprida, conforme determina o Código de Defesa do Consumidor. Converse também com outros pais que já fizeram as compras. Eles são sempre ótimos consultores de preços.
4. Compras coletivas
Algumas lojas concedem descontos para compras em grandes quantidades. Portanto, sempre que possível, reúna um grupo de consumidores e discuta sobre essa possibilidade com os estabelecimentos comerciais.
5. Marcas e personagens
Nem sempre o material mais sofisticado é o de melhor qualidade ou o mais adequado. Evite comprar materiais com personagens, logotipos e acessórios licenciados, porque geralmente os preços são mais elevados.
6. Adesivos podem ajudar
Mas se o seu filho não abre mão da companhia do personagem preferido. Minha sugestão é que ele escolha um item que tenha a estampa do personagem e bem provável que seja a mochila, mas pode ser o caderno ou o estojo, que estarão mais perto dele na escola. Outra ideia é comprar um cartela de adesivos, elas são baratinhas e o seu filho pode personalizar alguns itens da lista com eles. O problema com adesivos é que a sua cola é de difícil remoção. Apliques para itens em tecido também pode ajudar.
7. Materiais de uso coletivo
Essa é uma dica importante do Procon. De acordo com a Lei 12.886/2013, não pode ser incluso na lista materiais de uso coletivo, como itens de higiene e limpeza ou taxas para suprir despesas com água, luz e telefone, por exemplo.
A escola também não pode exigir que os pais comprem o material no próprio estabelecimento e nem determinar marcas e locais de compra. Também é abusiva a cobrança de taxa de material escolar sem a apresentação da lista. A escola é obrigada a informar quais itens devem ser adquiridos pelos pais ou responsáveis. A opção entre comprar os produtos solicitados ou pagar pelo pacote oferecido pela instituição de ensino é sempre do consumidor.
Outros itens abusivos são as taxas de impressão e cópias. Estes serviços são de responsabilidade do colégio, e os consumidores já pagam por eles nas mensalidades.
8. Apostilas
Algumas instituições de ensino utilizam apostilas como material didático. Somente para este item pode haver exigência de compra em determinados estabelecimentos ou na própria escola.
9. Exija a nota fiscal
A nota fiscal deve ser fornecida pelo vendedor. Ao recebê-la, verifique se os produtos estão devidamente descritos e recuse quando estiverem relacionados apenas os códigos dos itens, o que dificulta a identificação se precisar trocar, por exemplo.
Evite comprar material escolar no comércio informal. Apesar de ser mais em conta, não há emissão de nota fiscal, o que pode dificultar a troca ou a solução de algum problema com a compra. Além disso, não é possível saber a procedência destes produtos, o que pode colocar a criança em risco.
10. Uniforme
Somente se a escola possuir uma marca devidamente registrada poderá estabelecer que a compra seja feita na própria escola e/ou em outros estabelecimentos pré-determinados.
A Lei 8.907/94 estabelece que a escola deve adotar critérios para a escolha do uniforme levando em conta a situação econômica do estudante e de sua família, bem como as condições de clima da cidade em que a escola funciona.
O modelo do uniforme não pode ser alterado antes de transcorridos cinco anos de sua adoção.
Sabendo dessa última informação, que tal reunir um grupo de pais amigos, com filhos de idades diferentes e promover um bazar de troca e doação de uniformes? Além de ser um encontro divertido e ótimo para colocarem o papo em dia ( e por que não discutirem a lista e dar dicas de bons estabelecimentos para as compras) podem fazer uma bela economia trocando ou recebendo algumas peças do uniforme.
11. Crianças às compras
Por último, se possível, evite levar as crianças para as compras. Com os pequenos por perto os pedidos sempre aumentam e qualquer possibilidade de economia pode ir por água abaixo. Fora que a tarefa que já e cansativa pode ficar ainda mais estressante se for necessário uma negociação na compra de cada produto. Por outro lado, as crianças podem gostar muito de receber os materiais em casa. Para eles pode ser uma surpresa abrir a sacola e ver tudo novinho e colorido. Legal ter uma ou outra coisa que eles gostam mais.
Beijos e boa sorte com as compras!
Tati
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