Pesquisa SPC: maioria dos pais cede à vontade dos filhos dentro das lojas

Arquivo pessoal - Aline aos 2 anos

O assunto educação financeira sempre me interessou bastante. Tanto que depois que tive a Aline cheguei até a pensar em desenvolver algum projeto de educação financeira para crianças.

Acho importante que as crianças desde pequenas aprendam a dar valor ao dinheiro e tenham noção do que é caro, do que é barato, o que é poupança, enfim, tudo aquilo que possa contribuir para que elas sejam consumidores mais conscientes, responsáveis e menos endividados quando se tornarem adultas.

Mas confesso que na prática algumas vezes é bem difícil não ceder à pressão dos filhos, de não inteirar as economias quando ela quer comprar algum brinquedo, ou mesmo limitar os presentinhos ao aniversário, Natal e Dia das Crianças.

E pelo visto não é só aqui em casa que as carinhas pidonas muitas vezes acabam conseguindo o que querem! Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que maioria dos pais cede aos desejos dos filhos na hora de fazer compras - 59% compram o que os filhos querem quando o orçamento não está estourado.Apenas 18% dos entrevistados dizem que os filhos participam das decisões sobre o que comprar e onde investir. E entre as famílias que conversam sobre os gastos, é maior o percentual dos filhos que utilizam o dinheiro da mesada para comprar o que desejam: 13%. Nos outros 5% das famílias não há conversa.

O SPC ouviu 622 pessoas de 18 anos ou mais e todas as classes sociais nas 27 capitais brasileiras.

Ainda não adotamos a tradicional mesada, apesar de acharmos esse método mais organizado porque a criança já sabe o quanto e quando vai receber.


Já os cofrinhos chegaram aqui em casa bem cedo. A Aline tem um para moedas e outro para cédulas e todo dinheirinho que ganha não só da gente, mas também dos avós, dos tios e dos bisavós vão direto para cada um deles. Depois de um tempo contamos o dinheiro com ela e damos exemplos do que ela pode comprar com aquela quantia ou o que poderia comprar no futuro se continuasse guardando. Normalmente, quando ela já sabe o que quer, acaba comprando se já tiver a quantia suficiente. Caso contrário, consegue guardar por mais tempo até que atinja o valor do que quer.

Mas já houve situações em que faltava muito pouco para ela completar o dinheiro para comprar algum brinquedo e nós nos antecipamos e inteiramos o valor, mesmo sabendo que ela concordaria (fazendo biquinho, claro) em esperar um pouco mais para juntar a quantia que precisava. Atitude vista com olhar torto por muitos especialistas em finanças pessoais! Mas nós vamos tentar nos controlar mais nesses casos, mesmo diante das carinhas de "magoei" pode deixar!

Ela também ainda está na fase de associar o valor à quantidade de cédulas. Fica mais feliz com várias cédulas de 2 reais, 5 reais ou 10 reais que não totalizam 100 reais, do que com uma de 100 reais. O importante ainda é cofrinho cheio! rs

Mas agora que ela está aprendendo a escrever os números e a somar, explicar quantias começa a ficar mais fácil e logo vamos pensar em regrinhas que ajudem a melhorar a relação dela com o dinheiro por aqui. Volto para contar essa experiência!
E como é na casa de vocês a relação das crianças com o dinheiro? Dicas são sempre bem-vindas!


Beijos!

 

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