Fissuras e as dores da amamentação, passei por elas!


Uma das pomadas de lanolina usada para cicatrização das fissuras

Ainda não comentei com vocês que sofri com fissuras nos seios, tanto no início da amamentação da Aline quanto do Pedro. E nas duas experiências consegui driblar a dor que sentia para continuar amamentando. Mas em cada uma delas tentei diferentes caminhos.
Sempre tive em mente durante as minhas gestações que amamentaria meus filhos pelo tempo que eles desejassem, mesmo imaginando que talvez não fosse uma tarefa fácil porque tenho uma relação um pouco do tipo "não me rele, não me toque" com os meus seios (rs).

Os meus mamilos são bem sensíveis, em alguns períodos, como os que antecedem a menstruação, ficam doloridos e o contato até com tecidos das roupas me causam aflição.

Sabe pessoas que têm aflição em mexer no umbigo? Então, eu acho que sinto o mesmo com os mamilos (rs).

Como eu não abria mão da amamentação encarei  um processo de preparo dos mamilos, ainda durante a gestação da Aline, indicado pela minha ginecologista e obstetra.


E assim como eu costumo fazer para me encorajar em situações difíceis ou quando não tenho para onde correr, fechava os olhos, contava até três e me "jogava" no que eu tinha que fazer. Primeiro com o polegar e o dedo indicador umas torcidinhas para direita e para a esquerda nos bicos dos seios e em seguida massageava, durante o banho, os mamilos com uma buchinha vegetal.

Além da bendita aflição, doía, mesmo sendo orientada a fazer uma leve rotação e uma leve esfoliação. Ainda hoje me arrepio de pensar, mas o resultado foi ótimo, a rotação e a esfoliação deixaram os mamilos bem formadinhos, fortes e preparados para receber a Aline. Tenho certeza que foi o que ajudou a Aline a pegar o bico do seio direitinho, desde a primeira mamada.

Com a "pegada" tinha dado tudo certo, mas era somente a primeira etapa. Conforme os dias foram passando comecei a sentir  muitas dores para amamentar. A sucção da Aline e a frequência com a qual eu a amentava deixaram os meus seios com fissuras e ardiam muito. A cada choro dela demandando mais leite eu quase chorava também só de pensar na dor que sentiria. E de novo eu me via fechando os olhos e contando até três, antes de colocar ela para mamar novamente. A dor me dava vontade de sair correndo, me abanando e facilmente, se eu tentasse, contaria até mil em alguns pouquíssimos minutos (rs).

O que me ajudou muito a aliviar aquela sensação de extremo desconforto foi a pomada de lanolina. Besuntava o mamilo antes e depois de cada mamada. O bom é que a pomada que eu usava não precisava ser removida antes de amamentar, pois sua composição não representava nenhum perigo ao bebê, o que ajudava a proteger o bico do peito, além de atuar na cicatrização. Nos auges da dor eu usada a mesma pomada gelada e a sensação de alívio era quase imediata.

com o Pedro o primeiro mês de amamentação foi um pouquinho diferente, mas para pior. Além de eu não ter preparado os mamilos com a mesma dedicação que tive com eles na gestação da Aline, contribuindo para uma “pegada” mais difícil e errada nas primeiras tentativas do Pedro, a sucção dele era mais forte e meus seios começaram a ter fissuras bem mais cedo, antes mesmo da nossa alta do hospital e eu literalmente chorava enquanto amamentava. Dessa vez, não adiantava psicologicamente em nada eu contar antes ou depois de amamentar. Nada tirava o meu foco da dor.

As pomadas já tinham entrado em ação, ajudavam, mas não agiam tão milagrosamente como na primeira experiência. O que de fato resolveu foi intercalar a pomada que eu passava nos mamilos antes e depois das mamadas, gelada; e compressas também frias/geladas feitas com o próprio absorvente de seios. Depois de usados, eu os colocava na geladeira num recipiente com tampa e esterelizado e depois de algum tempo voltava ele nos seios. 

A baixa temperatura dava um alívio enorme para aquela região que ardia e o leite do absorvente agia como cicatrizante natural! Um santo remédio!

Também andei muito em casa com os seios de fora, quando não estava com as compressas, para deixar os mamilos “respirarem”! Como eu usava (e ainda uso) sutiã próprio para amamentar, daqueles que abrem totalmente na frente, em alguns períodos do dia eu o deixava aberto e colocava somente uma fraldinha presa  na base do sutiã para que segurasse um pouco o leite que escorria. Mesmo assim rendeu muitos pingos de leite pela casa, mas funcionou no processo de cicatrização.


Nas duas experiências o primeiro mês foi o período mais difícil da amamentação. Mas valeu tentar tudo o que foi recomendado pela minha médica. Amamentei a Aline até os dois anos de idade e o Pedro sigo amamentando. Além de eu me sentir super bem por poder dar a eles o melhor alimento, a amamentação sempre foi para mim um compromisso com a saúde deles, um momento de entrega, de vínculo, de cumplicidade, de olho no olho, de pele, troca de carinho, amor e afeto. Passado esse período de adaptação doloroso, a sensação foi e tem sido maravilhosa e justifica tudo o que não foi tão legal no início.


Todas mamães têm histórias para contar sobre aleitamento materno, tenha ela amamentado ou não. Seria bem legal também saber como foi para você essa fase. Divida sua experiência com as mães que pensam em tudo, comentando ai embaixo.

beijos!

 

Presentes incríveis para as mamães!


Como o tempo passa! E quando o olhamos através do crescimento dos filhos aí que vemos que ele não só passa rápido, ele voa!

Este ano vou comemorar o meu quinto Dia das Mães! Depois que tive meus filhos a data que já era especial ficou ainda mais especial e eu amo todas as comemorações em torno dela.


Nada me emociona tanto como a espontaneidade dos meus pacotinhos ao demonstrarem o amor deles por mim. Dia das mães, então, a emoção fica a flor da pele diante de tanto carinho, não só deles, mas de todos aqueles (papai, a titia e os avós ) que sempre dão um jeitinho de deixar o dia ainda mais especial.

Pensando em quem já está pensando em como surpreender a mamãe no dia dela, selecionei algumas ideias de presentes que eu acho bem legais.

Gestantes

Recentemente recebi no meu facebook a imagem dessas camisetas, bem humoradas, com o bebê espiando e amei a ideia. Pena que não descobri elas na gestação do Pedro. Ia usar muuuito! (risos). Encontrei um modelo parecido com esse na Instampado. No Elo 7, encontrei algumas lojas que fazem essas camisetas personalizadas com o nome do bebê!



Outras camisetas fofas: com frases divertidas! Achei essa que traz escrito " É um menino" bem legal! E encontrei na Bebe Store.



Tal mãe tal filha


Gosto muito da brincadeira de mãe e filha se vestirem "iguais". A Aline adora quando estamos com algum acessório, peça de roupa ou sapatos parecidos. E para brincar com ela, não resisti e comprei pijamas mamãe/filhinha. Nessa foto sou eu (na gestação do Pedro) e ela, vestindo Magnólia.



Para passeio, a moda "tal mãe tal filha" conta com uma infinidade de modelos, cores e estampas. Prefiro quando apenas uma peça da roupa é igual, principalmente quando é a peça de cima.  Esse look da imagem abaixo, gostei bastante! E podemos montar outros "modelitos" trocando a peça de baixo por saia, shorts, seja no jeans ou em outras cores. Essas T-shirts que selecionei encontrei na Básica Branca!
 

A moda em família, também está nos sapatos! Têm uns muito fofos! Vejam esses que encontrei na Tricae.

 
 
Ainda seguindo a tendência mãe e filha, vejam que amor essas pulseiras! Que mãe e filha não gostariam de demonstrarem sua cumplicidade assim? Eu amei essas pulseiras da designer de joias Fabi Malavazi



Para todas as mães

Para fechar as dicas de hoje com chave de ouro, vejam esses incríveis anéis, também da Fabi Malavazi!


 
Quando o Pedro nasceu, recebi de presente, de uma grande amiga, uma corrente com um pingente "João e Maria". Amei porque representavam a Aline e o Pedro. Andava com ele toda orgulhosa! Acho que todas as mães gostariam de eternizar e demonstrar o amor pelos filhos em joias.

Já pensou em ser homenageada com joias personalizadas? Eu amei esses anéis dos nomes da Fabi! São lindos e estão super em alta. Já foram vistos nas atrizes como Giovanna Antonelli, Juliana Paes, Carolina Dieckman, Angélica, Juliana Knust, Fernanda Rodrigues, Dani Suzuki, Sarah Oliveira, entre outras, para homenagearem seus filhotes.

E o presente pode ficar ainda mais encantador, acreditem! A Fabi vai além na personalização e reproduz a letra da própria criança. Não é o máximo?

Espero que tenham gostados das minhas sugestões, beijos!

Muffin de espinafre!


Simplesmente adoro as receitinhas e as dicas valiosas da nutricionista Gabriela Kapim para incentivar as crianças a comerem ou, ao menos experimentarem, os legumes e verduras.

Eu e a Aline gostamos de assistir juntas o programa que ela faz no canal GNT: Socorro! Meu filho come mal. E sempre aprovamos as orientações e os métodos da Kapim para tornar as refeições mais agradáveis e incentivar a alimentação saudável das crianças.

Aqui em casa os "verdinhos" na alimentação das crianças nunca foram um grande problema. Mesmo assim, adoro novidades e sempre que possível busco dar uma carinha diferente para eles. A Aline fica ainda mais animada em comer verduras, frutas e legumes quando saio do "piloto automático" e faço uma apresentação diferente daquela que costumamos ver no prato.

A ideia da Kapim, em um dos episódios do seu programa, de fazer um muffin de espinafre, pra mim, foi novidade e fiquei curiosa em testar a receita em casa.

Ficou uma delícia e todos aprovaram! Se optar, como nós, pelo recheio de queijo, sugiro comer assim, como acabamos de fazer,
 ainda morninho...hummm. Já fiquei super empolgada em testar a mesma receita com outros recheios: presunto e queijo, requeijão, tomate seco...

Acho que para as crianças que se arrepiam só de ouvir a palavra "espinafre" é uma boa tentativa. Além de ser uma receita nutritiva é muito saborosa!

Vamos ao passo a passo?

Ingredientes

1 xícara (chá) de farinha de trigo
1/2 xícara (chá) de farinha de trigo integral
1 colher (sopa) de fermento em pó
1 pitada de sal
1 xícara (chá) de queijo muçarela em cubinhos
1 xícara (chá) cheia de espinafre
1/2 xícara (chá) de óleo de canola
1/2 xícara (chá) de leite integral
3 ovos
 
Modo de preparo
  • Desfolhe o espinafre e pique grosseiramente.
  • Em um liquidificador, bata o óleo, o leite, os ovos e o espinafre.
  • Em um bowl, junte todos os ingredientes secos.
  • Aos poucos e com ajuda de um fouet, acrescente a parte líquida.
  • Unte a forma de muffin, preencha a metade com a massa, recheie com o queijo e cubra a outra metade.
  • Asse em forno preaquecido a 180ºC por mais ou menos dez minutos.
Espero que tenham gostado da dica!

beijos e bom lanchinho!
  

Bateu a cabeça, o que fazer?

Pequeno arteiro

Esta era a testa do Pedro há exatamente uma semana. A trombada com a quina de uma das paredes aqui de casa foi feia quando ele tentava pegar uma bola no chão.
 
Hoje ele já está recuperado e nem parece que aconteceu alguma coisa. O galo baixou até que bem rápido. No dia seguinte estava bem menor. Já a testa foi ganhando um colorido diferente a cada dia: vermelho, roxo, azulado, esverdeado, amarelado até o hematoma sumir totalmente.
 
O Pedrinho não pára, começou a engatinhar com sete meses, a andar com 10 meses e agora com 1 ano recém completos acha que pode correr, escalar, se pendurar...encara qualquer desafio sem medo de ser feliz! Em quanto isso, eu vivo tentando me antecipar aos perigos e com o coração na boca com os sustos que ele me dá.
 
A Aline na mesma idade era bem mais tranqüila, tanto que, muita coisa, estou vivendo pela primeira vez com o Pedro. A inquietude dele que leva a alguns “pequenos acidentes”, é um exemplo. A farmacinha anda até mais completa.
 
Nesse episódio que resultou num galo na testa, fiquei nos primeiros minutos sem saber o que fazer e me perguntava: preciso ligar na pediatra? Será que levo para o Pronto Socorro? Preciso fazer um raio X da cabecinha dele? Colo gelo ou uma faca na lesão? Mas não fiz nada, a não ser balançar ele no colo para tentar acalmá-lo.
 
E olha que já ouvi tantas orientações e procedimentos para esse tipo de acidente, mas na hora não sabia o que de fato eu deveria fazer.
 
Depois de uns minutinhos corri na geladeira e passei o gelo na testa dele, sem pressionar. Dei umas gotinhas de um analgésico, pois imaginei a dor que ele deveria estar sentindo no local e o deixei dormir, mas com uma pulga atrás da orelha porque não sabia se ele podia adormecer. Por fim, deu tudo certo e ele acordou bem disposto.
 
Mas para não passar por esse apuro novamente fui pesquisar o que de fato temos que fazer nesses momentos. Espero que o Pedro não apronte dessa novamente, mas vai que...já estarei preparada.
 
Espero que as dicas esclareçam dúvidas de vocês também!
 
Vamos lá:
  1. Quedas mais comuns não precisam de avaliação médica imediata.
  2. As crianças com menos de dois anos de idade devem ser avaliadas com mais cuidado pois, além de terem os ossos do crânio mais “molinhos”, o que pode colaborar para lesões dentro do cérebro, não conseguem expressar exatamente o que estão sentindo.
  3. Vômitos podem acontecer após bater a cabeça, mas não significa que tenha sido algo sério. Eles deverão ser avaliados se, depois da queda, ocorrerem mais do que cinco vezes em uma hora.
  4. A dor de cabeça também pode ser normal após bater a cabeça, mas será um alerta se a sua intensidade for aumentando até limitar a atividade da criança.
  5. É comum a criança dormir após bater a cabeça ou porque chorou ou pelo próprio estresse da queda. Pode deixar a criança dormir, mas se for difícil acordá-la, deverá ser feita a avaliação médica. A vantagem de manter a criança acordada depois da queda é que fica mais fácil observar seu comportamento. Não é o fato dela dormir que vai agravar a lesão.
  6. O Raio X não consegue mostrar se formou algum coágulo no cérebro. O melhor exame para avaliar se houve ou não lesão dentro do cérebro é a tomografia. Mas também não deve ser feita indiscriminadamente, pois ela não é isenta de malefícios para a saúde da criança, principalmente no que diz respeito à irradiação
  7. Fique de olho na criança durante as 24 horas seguintes, após ela ter batido a cabeça. Caso pareçam sintomas como desmaio, vômito, tontura e palidez, leve seu filho ao médico.
  8. É normal surgir um galo bem grande em batidas na cabeça. Tente não se assustar, pois o galo é mais feio do que grave. A compressa com gelo envolto em um pano ajuda o inchaço a diminuir, mas não é imprescindível -- às vezes a criança pode se assustar e gritar mais ainda, o que só vai piorar a situação de vocês dois. 
  9. Se optar pelo gelo, coloque duas pedras envolvidas em um pano macio e faça leve pressão no local da batida. Isso fará com que diminua o aporte de sangue no local. Assim o hematoma sumirá ou ficará bem pequeno.
  10. Se o bebê parecer estar com dor, você pode perguntar ao pediatra sobre a possibilidade de dar algum analgésico, na dose indicada
Por fim, siga seus instintos e prefira a precaução. Se você acha que a queda foi muito grande, e que não é possível que o seu filho não tenha se machucado leve-o ao médico e solicite um exame
 
 
Fontes: Blog Pediatra Orienta, Baby Center, Revista Crescer

Possíveis transtornos alimentares na infância

Simone Choma, terapeuta holística

Fazer com que os filhos tenham uma alimentação saudável e regrada nem sempre é tarefa fácil. Em muitos casos a hora das refeições vira um verdadeiro caos. De um lado filhos rejeitando alimentos e do outro, pais obrigando-os a comer.

Sabemos que a atitude de obrigar os filhos a comerem  
até dá certo em alguns momentos, mas os pediatras afirmam, com todas as letras, que este não é o melhor caminho porque pode criar na criança uma relação ruim com a refeição, inclusive criar o efeito contrário, despertando nela uma aversão à comida.

O motivo que impede a criança de comer bem ou que a faz rejeitar determinados alimentos pode estar associado a inúmeros fatores: falta de rotina, beliscar entre as refeições, distrações na hora da refeição, manhas e birras. Além disso, pode se tratar de algo ainda mais sério como algum transtorno alimentar.

É para este problema que uma amiga querida, terapeuta holística e mãe que pensa em tudo, Simone Choma, chama a nossa atenção. A seguir um artigo escrito por ela e carinhosamente enviado para nós. Achei que tinha mesmo tudo a ver com o blog e aí está, na íntegra. Vale muito conferir. Beijos e boa leitura!

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Por Simone Choma, terapeuta holística

Nos dias atuais, pai e mãe tem jornada dupla de trabalho entre profissão e responsabilidades com casa, filhos e família e, muitas vezes, jornada tripla quando resolvem retornar aos estudos.

Trazendo essa realidade para os hábitos alimentares, a preferência por alimentos de preparo rápido são mais frequentes dentro dos lares, como os fast foods, produtos industrializados, gordurosos, saturados, com excesso de conservantes, sal, corantes e tantos outros aditivos químicos que conferem sabor, aroma e textura agradáveis aos gostos diversos.

Como resultado tanto na criança como no adulto, esses produtos ocasionam num apetite desordenado, em problemas digestivos, aumento do colesterol, hipertensão arterial, diabetes, tumores malignos, obesidade ou desnutrição e tantas outras patologias físicas, químicas e psicológicas no organismo.

No caso de uma criança com obesidade infantil, por exemplo, é no período escolar e na relação social, onde muitas vezes é iniciado um processo de distúrbio emocional decorrente de cobranças por um corpo que atenda às expectativas do que seja considerado normal para sua idade diante dos amiguinhos e da própria família. Dependendo da fragilidade da criança e a forma como lida com essa cobrança e as comparações, ela pode desenvolver negativamente distúrbios e/ou transtornos em algum momento de sua vida, como a exemplo da anorexia, bulimia e vigorexia.

Além do fator de mau hábito alimentar, a área médica ainda aponta a importância de se conhecer um distúrbio mais conhecido como TAS - Transtorno Alimentar Seletivo, onde o portador tem dificuldade em comer certos alimentos com base na textura e aroma. Esse distúrbio limita a pessoa a restringir certos tipos de alimentos e, em alguns casos, ela decide excluir grupos de alimentos associados ao alimento intolerado.

No caso de uma criança, a mãe ou a pessoa responsável por ela, às vezes aceita essa exclusão com receio de prejudicar ainda mais a saúde da criança ou pela falta de informação sobre a conduta correta a ser aplicada para tratar o problema.

Duas das principais causas prováveis do TAS são:

- fobias alimentares, causadas pela ansiedade da pessoa quando apresentado a alimentos novos;

- superpaladar, onde o indivíduo possui um paladar mais aguçado, provocando rejeição aos sabores mais fortes.



Vejam agora que interessante: as prováveis causas acima apresentadas ocorrem na maioria dos casos na fase infantil, onde a percepção da mãe, pai ou pessoa responsável seria de suma importância para identificar o possível transtorno e procurar ajuda médica. A falta de informação sobre o assunto, levam os cuidadores a ignorar o transtorno e estes, em desespero, muitas vezes aplicam medidas educativas desastrosas na vida da criança, adotando métodos que as obrigam a comer os alimentos que por patologias e/ou transtornos não toleram. 
Além do desconforto físico, emocionalmente, a criança passa a vivenciar momentos de tortura ao se alimentar e associa esse momento na sua formação e relação negativa com a comida.

Portanto, os distúrbios dismórficos corporais – TDC (anorexia, bulimia, vigorexia) podem ter sido iniciados na fase infantil, através das complicações de outros distúrbios como o TAS associados ou não com exemplos de maus hábitos alimentares, indisciplinas alimentares, fobias e ansiedade alimentares, superpaladar, transtorno obsessivo compulsivo, má mastigação infantil, falta ou excesso de vitaminas e sais minerais, desnutrição ou excesso dela, etc.

Acredito na educação pela informação desse tipo de assunto dentro das famílias, principalmente, através das mídias e redes de comunicação mais acessadas pela população.

O mundo contemporâneo exige muita ação, entretanto, quando se trata do ser humano, precisamos resgatar a habilidade da observação e percepção, onde ser sensível pode valer muito mais do que ser ágil e salvar vidas! 


Gratidão por lerem esse texto que escrevi com muito carinho para todos nós. Namastê!


Fonte: www.minhavida.com.br - Dr. Pérsio Ribeiro Gomes de Deus, psiquiatra CRM 31656 - acessado em 29/03/2015 às 18h56.

A primeira vez no dentista!


 
Desde que nasceram os primeiros dentinhos de “leite” da Aline a pediatra recomendou que eu a levasse ao dentista. A ideia era fazer um check-up e começar a criar o hábito de realizar consultas preventivas.

Naquela época, eu não tinha nenhuma referência de odontopediatra e por isso passei alguns dias procurando dentistas especializados no atendimento a crianças na internet. Os valores da consulta variavam muito e a forma de atendimento também.

Como eu buscava um atendimento diferenciado, paguei pelo seu preço.

Eu estava ansiosa para essa primeira consulta. A Aline é bem introspectiva com estranhos, com médicos ainda mais, é difícil a comunicação e aos dois anos chorava com a presença deles .

Eu comecei a imaginar como a dentista conseguiria examinar a boquinha dela, se ela “travasse”. E seria muito fácil isso acontecer juntando a personalidade dela com um consultório “frio” e um dentista muito prático e direto.

Por isso, para mim, era importante me cercar do máximo de informações sobre o primeiro atendimento: desde como era o consultório até a conduta do especialista com as crianças.

Entrei em contato com muuuuitos consultórios e solicitava todas as informações que eu desejava para a secretária mesmo. Por fim, depois de ficar em dúvida entre dois ou três, optei por levá-la na Orto Baby, que fica em São Bernardo do Campo. Muito bom o atendimento! Em São Paulo, a Clínica AMAI parece ser excelente e seguir o mesmo método, mas não cheguei a ir. Apesar de morar em São Paulo, ir para a cidade de São Bernardo, de carro, ficava mais prático.

A Orto Baby tinha tudo o que eu buscava: um consultório acolhedor, alegre e com recursos lúdicos, além de uma dentista com todo "jeito" para crianças. A doutora Lígia é muito simpática, didática nas explicações e  paciente. Brincou, conversou muito com a Aline e conseguiu examinar a boquinha dela, sem nenhum problema.
 
Atendimento por etapas
 
Na primeira consulta a Aline conheceu todo o funcionamento do consultório e brincou de escovar os dentes dos bichinhos de pelúcia. Uma graça! Naquela consulta, a doutora Lígia nos ensinou como fazer uma escovação correta de todos os dentinhos, a examinou e nos apresentou qual seria o tratamento. No caso da Aline, foi indicado o selamento (película protetora) de dois dentinhos pré-molares, mais profundos, e mais fáceis de acumular resíduo de alimentos e, portanto, com mais chances de terem cáries. Indicou também limpeza e aplicação de flúor.
 
Na segunda consulta começou o tratamento de fatoPrimeiro foi apresentado um vídeo “As aventuras dos dentinhos”, onde o dentinho preguiçoso, o cuidadoso e o quebrado - os protagonistas da história - mostravam como é importante cuidar bem dos dentes para a saúde bucal.
 
Também achei bem legal que todo tratamento foi feito de forma bastante cuidadosa e divertida. Para fazer o evidenciamento de placa bacteriana, por exemplo, a dentista contou uma historinha para envolver e relaxar a Aline para aquele procedimento. O produto para evidenciar as placas "virou" uma solução mágica, que ao ser espalhado nos dentes mostraria para a doutora Ligia os dentinhos que estavam sujinhos deixando-os pintadinhos de cor-de-rosa.
 
Durante todo o tratamento a dentista tirou dúvidas e passou muitas orientações sobre a higiene bucal de bebê e criança.
 
O retorno
 
Há duas semanas retornamos para consulta de rotina. Outro dentinho recebeu a película protetora. Os outros dois, que já haviam recebido o tratamento a quase dois anos, estavam ótimos. O selamento estava perfeito e continuava protegendo os dentinhos profundos de cáries. Foi feita uma nova limpeza com flúor e desta vez a Aline assistiu a desenhos na televisão, enquanto recebia o tratamento, além de rever os bichos de pelúcia, que a encantou na primeira visita.
 
Ah, e não podia me esquecer de um detalhe: no final de cada consulta, a criança escolhe um brinquedinho para levar para casa. A Aline já vai para a consulta pensando se vai trazer uma aranha, uma pulseira ou que vai encontrar de diferente no pote (risos).
 
Dicas da doutora Sandra
 
Aproveitando o nosso retorno à clínica Orto Baby, consegui um horário também com a doutora Sandra Maria Fonseca de Carvalho, odontopediatra, idealizadora e dona da clínica, que passou algumas dicas, especialmente, para as mamães que acompanham o blog, de como cuidar dos dentinhos dos pequenos e outras informações:
 
  • Assim como os adultos, é importante escovar os dentinhos dos bebês, quatro vezes ao dia, sempre após os lanches e as refeições, principalmente, antes de dormir;

  • Crianças devem usar fio dental, ao menos na última escovação, antes de dormir. Os pais devem auxiliá-las. O jeito mais prático que encontrei foi deitando a cabeça da Aline sobre o meu colo. Assim consigo ter visão de todos os dentinhos e melhor posição para a limpeza.

  • Também é importante escovar os dentes do bebê após as mamadas, mesmo que seja leite materno para evitar a cárie da mamadeira. Pude ver uma imagem e é impressionante o quão comprometida fica a boca do bebê.

  • Praticamente todos os dentes de "leite" devem nascer até o bebê completar dois anos. Entre dois e três anos espera-se que nasçam os últimos dentinhos, os molares. Já os primeiros molares permanentes que nascerão atrás do último molar de “leite” erupcionam em torno dos seis anos de idade.

  • Os dentinhos de "leite" das meninas, normalmente, nascem antes que os dentinhos dos meninos. A troca dos dentes de “leite” pelos permanentes, nas meninas, geralmente, também acontecem mais precocemente.

  • O momento de escovar os dentinhos da criança deve ser prazeroso. Por isso, o ideal é criar brincadeiras com musiquinhas, historinhas para incentivar a criança.

  • É importante dar autonomia para a criança escovar os dentinhos, no entanto, os pais devem supervisionar a escovação e se for preciso interferir no processo que seja sempre de maneira divertida.

  • Crianças devem usar creme dental sem flúor, até que saiba descartar corretamente a pasta. Flúor ingerido com excesso pode causar fluorose dentária (manchas esbranquiçadas nos dentinhos que ainda irão nascer, os permanentes).

  • O flúor não pode ser ingerido, mas os dentinhos das crianças, assim como dos adultos, precisam do flúor, para isso é aconselhado que desde os primeiros dentinhos os pais as levem ao odontopediatra para limpeza e aplicação do flúor corretamente.

  • O intervalo indicado para levar a criança ao dentista é de seis meses

  • Para aliviar a coceira e a dor nas gengivas, uma dica é um mordedor macio ou com gel e guarda-los  na geladeira - sempre muito bem higienizados - pois a temperatura mais baixa ajuda a anestesiar e aliviar a dor.

  • É comum bebês e crianças pequenas quebrarem os dentes devido acidentes. Se isso ocorrer, é importante ir imediatamente para o dentista para receber atendimento. O dente que caiu pode ser colocado num copo com leite ou pode-se tentar encaixá-lo no lugar até chegar no dentista.
 
Por fim, a primeira visita da Aline à odontopediatra foi um sucesso, assim como tem sido os retornos. Em casa tudo ficou mais fácil depois de passar pelas mãos da doutora Lígia. A boa experiência fez com que a Aline passasse a gostar mais de cuidar dos dentinhos e de retornar à dentista sem receios e a mamãe aqui fica toda orgulhosa, claro (risos). Os dentinhos do Pedro estão começando a surgir e logo ele também fará a sua primeira visita à dentista.
 
Espero que as minhas experiências e as dicas tenham ajudado vocês!
 
Beijos!
 

Amar dois filhos


Esta semana meu pequeno príncipe Pedro completou o seu primeiro ano de vida! E em meio as tentativas de arrumar a casa para receber os avós, que vieram o cumprimentar, revivi a sua chegada em nossa família.

Praticamente dois motivos nos incentivaram a levar a ideia do segundo filho adiante: a importância que damos para a companhia de um irmão e a experiência maravilhosa  que tivemos com a maternidade e a paternidade, que de tão boa não poderia ser vivida somente uma vez!

Mesmo diante da nossa certeza em tê-lo existia uma preocupação enorme para que essa decisão não trouxesse nenhum tipo de instabilidade no relacionamento que tínhamos com a Aline.


Eu não podia se quer imaginar ela se sentindo em segundo plano. Jamais também me permitiria deixar de fazer por ela (ou para ela) alguma coisa, qualquer coisa, a mínima que fosse, por conta do segundo bebê. Ao mesmo tempo eu não tinha dúvidas que me doaria por inteiro para outro filho.


Também não consegui escapar da eterna dúvida sobre se é possível amar dois filhos, ou mais, do mesmo jeito. Foi inevitável não pensar se conseguiria amar o segundo filho com a mesma intensidade que amava a Aline. Ou se com a chegada dele eu passaria amar ela menos .

Mesmo com todas aquelas angustias, engravidei e confiei que as nossas vidas tomariam o curso que deveriam tomar, ou melhor, o que eu desejava que tomasse, afinal, eu já estava pensando em tudo.

Durante toda gravidez do Pedro, à medida que a barriga crescia a expectativa em relação à reação da Aline com o futuro bebê aumentava. Eu e meu marido tínhamos vários combinados, principalmente quem daria atenção para quem, como seriam os revezamentos, tudo planejado para que nenhum dos dois ficasse descoberto de atenção e para que nada abalasse a nossa rotina e as nossas relações.

Busquei informações e orientação de como deveríamos agir com a Aline desde a gestação do Pedro (envolvemos ela nos preparativos o máximo possível) até o seu nascimento; como deveríamos agir na visita dela ao Pedro, ainda no hospital; que cuidados teríamos que tomar para que ela não se sentisse menos importante; como deveríamos orientar os familiares próximos para não fazer diferença entre eles, enfim, tentamos nos antecipar a todos os detalhes (previsíveis).

Apesar de todo o meu empenho, no final da gravidez, algumas coisas naturalmente me davam sinais que, por mais que eu desejasse, nem tudo continuaria como antes, principalmente em relação a nossa relação com a Aline.

Não precisou nem o Pedro nascer para começarmos a sentir as primeiras mudanças e adaptações: eu já não conseguia mais me sentar no chão para brincar, não conseguia ir em todos os passeios com ela e várias outras "pequenas" coisas por conta das limitações físicas de final de gravidez. Por último, já não conseguia dar o colo, que vez ou outra ela ainda me pedia. Essas coisinhas me chateavam, geravam uma pontinha de culpa por não conseguir fazer com ela as coisas do jeito que sempre fizemos e que
 ela gostava.

Havia a esperança de que com a chegada do Pedro eu ficaria de novo leve (e como fiquei leve!!!rs) voltaria para o chão, ganharia às ruas novamente, e meu colo estaria à sua completa disposição, sempre que quisesse e tudo na nossa rotina voltaria ao normal.


Quando o Pedro chegou a Aline se apaixonou por ele e nos surpreendeu de tão bem que o aceitou. Nem foi necessário colocar em prática todos aqueles mandamentos que eu tinha listado de como deveríamos fazer a primeira aproximação dela com bebê para não haver traumas.

Ela curtiu muito o título de irmã mais velha, se sentiu grande, como ela mesma gosta de dizer.

Tudo estava indo muito bem, mas ainda no hospital voltei novamente a sentir aquela pontinha de culpa da época que as limitações da gravidez implicaram em algumas mudanças na rotina com a Aline. E lá estava eu,no hospital, cuidando do Pedro que acabara de nascer, e pensando em como a Aline estava se sentindo longe da gente. Queria os dois comigo e à volta para casa era aguardada com ansiedade.

O que eu não imaginava é que aquele sentimento voltaria muitas outras vezes sempre que um precisasse esperar o outro ser atendido ou quando eu não pudesse fazer por um da mesma forma que fiz ou faria pelo outro.
E o tempo, ou melhor, a falta dele seria um grande complicador.

A casa e o trabalho foram os primeiros a caírem na minha lista de prioridades. No topo da lista, ao lado da Aline, entrou o Pedro o que me deixaria ainda mais distante deles. Foi difícil para cair a minha ficha. Por muito tempo tentei equilibrar todos os pratinhos (filhos, marido, trabalho, casa e a mim mesmo), mas era impossível.


Os primeiros meses, em casa, foram um caos. Eu queria fazer tudo e parecia que não estava fazendo nada direito ou como eu me cobrava.


A Aline começou a dar sinais que a adaptação estava estressante. Ficou bem sensível, chorava por tudo. Eu passava os dias tentando atender e entender ela. O Pedro, recém-nascido, por sua vez, precisava dos cuidados mais básicos e imprescindíveis! Nesse momento, toda ajuda dos avós e da minha irmã foi bem-vinda e necessária.

A Aline ainda estava numa fase cheia de descobertas, curiosidades, de impor sua personalidade, cheia de vontades (ainda está). Exigia atenção, precisava ser contornada com habilidade e paciência (que eu já não tinha mais tanto naquela altura do campeonato) e o que mais eu conseguia fazer era pedir para que ela esperasse só mais um pouquinho por mim. Logo eu que até pouco tempo atrás não me via abrindo mão de nada da rotina que eu já tinha estabelecido com ela. E isso me deixava frustrada.


Por outro lado, haviam coisas que não podiam esperar eu ter tempo e eu a orientava para que fizesse sem a minha ajuda, mas com minha supervisão. Com isso, ela ganhou mais autonomia, mais independência. E foi muito positivo para o amadurecimento dela e para nós também porque a tiramos um pouco debaixo da nossa asa rs.

Com o Pedro as coisas também não saíram exatamente do jeito que eu queria. A maternidade vivida com ele também está sendo maravilhosa. O amor é tão intenso quanto o que eu continuo sentindo pela Aline, mas ele não gozou da mesma tranquilidade na hora de mamar, na hora do banho, das trocas, das refeições como foi possível na época da Aline bebê. Ele já encontrou uma casa mais dinâmica. Mas como tudo na vida tem os dois lados, o positivo é que com isso ele é uma criança mais descolada e acredito que a independência e a autonomia para algumas coisas vão vir mais naturalmente. Ele terá além dos pais, a Aline como referência.

Hoje estamos adaptados a uma nova rotina, não vejo como pior ou melhor. A diferença é que as coisas precisaram ficar, na marra, mais práticas. Prevaleceu na nossa rotina com as crianças o que de fato é importante.

O Pedro além de nos trazer muita felicidade, nos fez crescer como família em todos os sentidos (não só na quantidade), nos fez repensar nossos papéis e as nossas prioridades, nos trouxe novas habilidades, nos fez amadurecer e perceber que não temos como controlar a vida, ela muda constantemente, nos desafia e cabe a nós fazermos as adaptações da melhor forma.


Amo meus dois pequenos e tenho muito orgulho da família que construímos! 
 

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